sábado, janeiro 08, 2011

A conduta do meu coração



Eu sempre fui do tipo de garota que se apaixona. Aos cinco anos não me imaginava sem meu ursinho. Não era qualquer ursinho de pelúcia era o meu ursinho Fred.  Ele me entendia e era mais que meu melhor amigo. Minha companhia de quarto quando minha mãe dizia não ou quando me obrigava a dizer sim. Mas, eu tive que o deixar, ou ele me deixou. Não lembro. Depois de um tempo, conheci o idiota dos olhos mais lindo do mundo -quem nunca se apaixonou por algum companheiro de classe?-  Ele sorria pra mim, na verdade, para todas. Eu não me importava e gastava várias folhas de cadernos com o nome dele. No início da adolescência foi a vez do cantor mais charmoso do mundo (Eros Ramazzotti) me encantei por aqueles olhos e aquela voz meia rouca; Logo percebi que alimentar esta impossível paixão era inútil mas, ela nunca se foi pra sempre. Depois vieram vários e sempre tive o mesmo fim, ser deixada. Com  isto aprendi que algumas coisas não devem ser ditas, e nem mandadas dizer (se é que você me entende). As coisas costumavam me deixar até que foi a minha vez de fazer isso, aconteceu no meio da adolescência e se tornou viciante. Vieram dezenas de outros caras que sinceramente não merecem ter os nomes citados neste texto. Não conseguiram manter meu coração acelerado por muito tempo. Pisavam sempre no freio antes da terceira semana. Péssimos motoristas. As vezes sinto medo de que as pessoas pensem que eu não presto mas elas devem entender que as minhas necessidades não são físicas. Eu não sou a puta do ensino médio que já ficou com todos os alunos da escola. Eu apenas necessito de adrenalina, e de alguém que realmente saiba dirigir meus sentimentos. Com velocidade, sem bater, sem frear.

2 comentários:

  1. Nossa jaine eu gostei muito desse vui.
    a cada dia vc fica melhor nas postagems.
    abraço Bj

    ResponderExcluir
  2. Obrigada Marcos Paulo, muito mesmo :D

    ResponderExcluir

Poderá gostar também de:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...