Ele disse que era pra sempre, e você quase acreditou.
Vocês começaram ao contrario e não faziam questão de andar de mãos dadas, brigar fazia parte mas não era frequente, afinal nunca entendiam o que realmente tinham. Demonstravam o amor de forma invisível, os dois entender bastava. Um dia, entre um intervalo e outro, você deixou de ser. E a falta de algo que não te faltava o fez faltar.
Vocês se entendiam e de repente, te entender já não era o bastante. Ele passou a querer entender o "resto do mundo".
Enquanto ele se aventurava em curvas perigosas – você sabe do que estou falando, e principalmente, do quando elas podem machucar – você continuava ali, no acostamento. A carona de qualquer carro servia, mas sei que o que você esperava era uma ambulância. Você queria que ele se machucasse, você queria cura-lo.
Dentro de você a sensação de quase fim começara a se misturar com a sensação de quase começo. Independente do quanto fosse diferente e incrível o novo cara, ele se importaria em não andar de mãos dadas.
Ele se manteria sempre presente - você odeia não ter espaço.
Ele te escreveria poemas - você odeia frases mal feitas.
Ele desvendava o segredo - você gosta de mistério.
Ele choraria por você – você é quem costumava fazer isso.
Agora não havia dúvidas; Chega de pedir carona e parar na próxima esquina. Vai caminhar com seus próprios pés e observar o céu.
Sem frases mal feitas.
Com versos de todos os tipos.
Percebendo que sozinha você consegue exatamente o que queria.
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